Le Mont Saint Michel; roteiro bretanha

Este era o ponto forte da viagem pela Bretanha, aliás o principal motivo da deslocação lá.

As imagens deste monte sempre me despertaram curiosidade, o ar de mistério e até mágico do monte, era algo que me cativava e depois de já ter estado na Normandia duas vezes, nunca tinha tido oportunidade de passar por lá.




Um destino tão perto e de fácil acesso, não podia ficar esquecido.

O monte avista-se ao longe e quando nos aproximamos.
Vamos já com as antenas viradas tipo radar apontadas para todos os lados, porque não sabemos de que lado ele irá aparecer.

Já o tínhamos vislumbrado bem ao longe, de uma praia onde paramos para espreitar, depois apareceu no horizonte bem perto, pensávamos nós, mas ainda estávamos a alguns km.




Chegámos já quase ao anoitecer e foi só pousar as malas no hotel e lá fomos apanhar a navete para não perder a visita nocturna, porque no dia seguinte já não dormíamos lá.

Quem já esteve na Disney e assistiu ao espectáculo nocturno?
......qualquer semelhança é pura coincidência, mas que lembra um pouco lembra 😁😁 em vez de musica hovem-se os sinos da Abadia


Surpreendente e mágico, pouca luz, restaurantes pequenos e charmosos, muito bonito.

No segundo dia fomos bem cedo para não perder pitada, passear pelas ruas estreitas, antes dos orientais chegarem aos magotes, quase os únicos invasores para além de nós.

Subimos até ao topo que é onde se entra na abadia e onde começa a visita, optámos pela visita guiada para melhor perceber a história de tão misterioso monte.

Fizemos a visita guiada, com guia em francês, porque em português não havia.....
O guia que nos calhou, um francês grande e com um vozeirão condizente com a estatura e sotaque bretão, foi a pessoa indicada, conseguiu transmitir muito bem a história e levou-nos por salas e corredores, escadas e catacumbas, sempre com entusiasmo e nada monótono, preocupado em saber se entendíamos tudo assim que percebeu que não éramos franceses.









A passagem por onde circulam as navetes, entre o Mont e os hotéis.



Zona dos hotéis, algumas lojas e restaurantes.















Igreja maior, principal.

O refeitório


E depois de descer muitos andares, por salas e salões, um verdadeiro labirinto chega-se à saída nas traseiras da Abadia.


O arcanjo São Miguel

Da história que o guia nos contou, deixo um pequeno resumo.


O Monte Saint-Michel e o seu município nem sempre tiveram esse nome. Originalmente chamado de Mont Tombe e em seguida de Mont-Saint-Michel au péril de la mer (Monte Saint-Michel em perigo do mar), a ilhota atravessou várias épocas até se tornar o terceiro local mais visitado na França.
Saint-Aubert, bispo de Avranches, fundou o Monte Saint-Michel no ano 708. Na terceira vez que o arcanjo São Miguel apareceu em seus sonhos, o bispo decidiu construir um santuário em homenagem ao personagem divino. 
Durante edificação do santuário, o bispo de Avranches enviou dois cônegos para buscar as relíquias de São Miguel. 

Ao longo dos anos, a abadia do Monte Saint-Michel tornou-se um local importante de oração e de peregrinação. Os monges beneditinos instalados aí desde 966, as relíquias atraíam os fiéis em busca de espiritualidade. 
Mas sua localização estratégica também o transformou num alvo. 

As ampliações da abadia foram acompanhadas de outros projectos de construção para reforçar a defesa da ilhota. 
Em 1204 o local foi destruído por furiosos cavaleiros bretões, liderados por Guy de Thouars. 

Sob o reinado de Luís XI, a ilhota do Monte Saint-Michel foi transformada numa prisão.
Recebeu prisioneiros até 1860. 
A Revolução Francesa prendeu aí os resistentes, instalando-os nos atelies da abadia-prisão. 
Quando a prisão foi fechada no século seguinte, após um decreto imperial, os 650 prisioneiros de Estado foram transferidos para o continente. 

Victor Hugo, apaixonado pelo local, fez parte dos personagens importantes que impulsionaram seu encerramento.
O culto foi restaurado em 1922, mas as peregrinações só foram reiniciadas em 1966 por ocasião da celebração do milénio da abadia. 
Os monges beneditinos reocuparam as salas de oração, mas aos poucos foram abandonando a abadia. Em 2001, os monges e as irmãs da Fraternidade Monástica de Jerusalém se instalaram e actualmente organizam celebrações todos os dias. 

Para facilitar o acesso dos peregrinos, foi criado em 1879 um dique-estrada. 
Este projecto foi abandonado, devido ao acumulo de areia que provocou o que fez com que deixasse de ser uma ilha.
O projecto de restauração do carácter marítimo da ilhota foi iniciado em 1983. 

O estacionamento foi retirado e uma passarela foi construída sobre estacas permitindo a livre circulação das águas do Canal da Mancha. Já a antiga estrada foi progressivamente destruída e os visitantes/peregrinos são transportados por "navetes" autocarros electricos que circulam o dia todo com intervalos de 15 minutos.

O desafio do século XXI é continuar a dar acesso aos 3.500.000 visitantes que vêm anualmente visitar o ilhéu rochoso. Classificados como monumentos históricos desde 1862, o Monte Saint-Michel e a sua baía tornaram-se Património Mundial da UNESCO em 1979.


Para visitar o Le Mont Saint Michel:
Podemos ficar a dormir num dos hotéis do "parque" e foi onde nós ficámos, para maior comodidade, por causa da criança e para podermos ir e voltar as vezes que quisessemos, inclusivé à noite para jantar.
Os hotéis estão todos numa reta onde há muitas paragens da "Navete" autocarro que circula de 15 em 15 minutos e para os residentes nos hotéis é grátis.
Para quem não quiser ficar aqui, há na zona antes dos hotéis grandes parques de estacionamento, onde se pode deixar o carro e também tem acesso à "navete".

Para dormir:
Há então vários hotéis que ficam no limite da ponte, com acesso à "navete" ou a pé para quem quiser ir, a caminhada é bonita e mais ou menos 2km.



Se quiser ficar dentro do monte mesmo, também há alguma oferta, ainda que pequena e cara, mas dias não são dias e dormir num sitio assim mítico também tem o seu encanto.

Les Terrasses PoulardAbre numa nova janela
Le Mouton BlancAbre numa nova janela
Auberge Saint PierreAbre numa nova janela
Hôtel la Croix BlancheAbre numa nova janela

Viajar, para além de conhecimento da história, cultura e costumes locais tem ainda as experiências boas e más que vivenciamos e nos abrem horizontes e ainda são as pessoas que conhecemos, sejam naturais ou outros viajantes como nós.

Este senhor com mais de 80 anos que conhecemos na navete, ainda subiu ao Monte ao seu ritmo, não acompanhou o passeio guiado, mas subiu ao topo e com a sua pequenina máquina fotográfica registou o momento.
Um viajante com letra grande, americano, já percorreu o mundo e de portugal conhece o Porto (vinho) porque de futebol não sabe nada mas esteve no Bom jesus de Braga (pelo emblema cozido no casaco) porquê não sabemos mais, não me pareceu lembrar-se desse sitio.... meteu conversa porque viu o nosso ar de encanto com o seu casaco (e pessoa).


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