Messina porta de entrada na Sicília

Messina é considerada a porta de entrada na Sicília, a costa italiana fica logo ali, três km apenas de distância.
Foi uma das escalas do último cruzeiro pelo mediterrâneo e aquela na qual tinha menos espectativas, nunca foi um destino que eu desejasse, mas fiquei muito surpreendida pela positiva.
No navio havia excursões, para ir visitar Taormina e o vulcão Etna, mas tal como noutras escalas como não conhecíamos Messina, resolvemos ficar para conhecer a cidade e deixar as excursões para outra vez.
Fonte de Neptuno
 
Gosto sempre de ler algo sobre os sítios que visito por conta própria e fiquei a saber que Messina foi uma cidade que sofreu muitas catástrofes ao longo do tempo.
Vários terramotos, foi muito destruída por sucessivas guerras, a segunda guerra mundial incluída.

A grande estátua no porto, representa a Madona de la Lettera, símbolo da cidade, com a costa italiana logo ali a um passo.

Por isso é uma cidade com um ar moderno, não tem o típico centro histórico das cidades italianas, nem da restante ilha.... a sua arquitetura é muito arte nouveau e as igrejas e mosteiros são também relativamente recentes.
A nossa visita como escala de cruzeiro não deu para muito, são poucas horas para visitar uma cidade, pelo que optamos por passear pelas ruas, usufruir do ambiente e apreciar a vida dos habitantes locais.
Subimos ao alto das colinas a pé, quem não quiser subir porque é um pouco difícil pode ir no comboito turístico que se apanha mesmo em frente à catedral.
Fomos aos dois santuários mais significativos da cidade.
O santuário de Montalto, pormenor e escadório com umas figuras estranhas

O santuário do Cristo Rei construido nos anos 30 sobre as ruinas de um castelo, do qual ainda temos uma torre debaixo do sino 




Visitámos a catedral que não sendo uma obra espetacular, é bonita e tem algum interesse histórico.
É pequena e com um mix de estilos, também devido a obras sucessivas pelas mesmas catástrofes tem na sua torre o maior interesse e maior motivo de visita.

Na torre tem o maior relógio astronómico do mundo. Composto por um mecanismo altamente complexo, este relógio é também o ex libris da cidade e o seu maior ponto de atração, porque à semelhança de outros relógios, ao meio dia toca e em sete cenas,  conta a história civil e religiosa de Messina.
As figuras principais tocam e movem-se apenas após as 12 badaladas, primeiro o leão que simboliza a força de Messina, depois o galo que simboliza o despertar. Do lado do galo duas mulheres Dina e Clarenza que salvaram Messina numa batalha tocam com um martelo no sino.

No centro da torre abaixo e depois do galo entram e saem as figuras do anjo, de São Paulo e três embaixadores de Messina que rodam em volta da Madonna de la lettera (padroeira de Messina).
Do outro lado da torre há mais um carrossel de cenas bíblicas mas que só mudam na época certa do ano. E há mais figuras que se movem também.
Vale a pena esperar pelo meio dia porque é muito bonito o "espetáculo"
Vale a pena subir as colinas, a pé ou no comboito porque a vista é espetacular.


E estas invulgares esculturas mesmo ao pé do porto que não consegui saber o que são
Há um museu que não visitámos que tem uma obra de caravagio e de....

Messina uma agradável surpresa, muito fácil visitar por sua conta numa escala de cruzeiro, porque o navio fica quase dentro da cidade, a dois passos da catedral.
Este particularmente via-se de todo lado, enorme, maior que todos os prédios da cidade, parecia uma parede a tapar a vista no fim das ruas.

Pequena, simples e acolhedora, pedimos ajuda a um senhor para nos dizer qual o caminho mais fácil para chegar ao topo, o senhor não falava inglês mas percebeu o que queríamos e foi conosco e entre o siciliano e o portuliano lá nos entendemos e tivemos uma agradável conversa, por isto gosto tanto de viajar 😍

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